The Lovely Bones...

Há dias em que somos confrontados com algo simples e banal como a morte...

Ninguém está preparado para tal, ninguém acorda, com aquela sensação de que hoje vai se o último dia...

Porque se soubessemos quando a nossa vida terá o seu fim, certamente fariamos tudo já, em vez de deixar para depois...

Este texto, é dedicado à Rita, mas mais precisamente ao amigo que faleceu... Que tinha uma vida normal, era saudável, era filho, marido, e quase pai... Porque a esposa está à espera que o seu rebentinho nasça... Está para breve... E apesar de não conhecer a realidade da pessoa em questão, faz-me questionar muitas coisas, e sem dúvida, faz-me recordar, todos os que já passaram pela minha vida, e que já passaram por essa transformação...
Que já não são um ser palpável, mas são um pedacinho do nosso coração... E a questão é, no fim de contas, um cliché... O que fariamos se soubessemos que hoje seria o nosso último dia?!

Quais as pessoas que abraçariamos com mais força, quem beijariamos com amor e paixão, a quem pediriamos perdão pelas coisas graves, ou até pelas coisas simples, que acabam sempre por deixar marca?! O que fariamos de diferente?!

Acho que o Ser Humano habituou-se a deixar as coisas por fazer, porque amanhã também é dia...
Habituou-se a viver no morninho... Que afinal, nem é no bom, nem no mau... É o vai-se andando!!! Um conformismo estúpido, pelo qual infelizmente também sou invadida...

E ontem, depois da notícia, e depois de ter visto este filme, The Lovely Bones, que digo que é excelente, que aborda o tema da morte de uma criança, provocada por um alguém do nosso dia a dia... E a maneira, como ela relata a história da sua morte, a maneira, como ela demonstra às pessoas de quem ama que está por perto... É sem dúvida surreal...

Se hoje fosse o último dia de vida?! Quem diz que não é?! Ninguém sabe...

Mas vou gozá-lo da melhor forma que puder, vou abraçar quem amo, com toda a força, vou dizer às pessoas de quem gosto como são importantes para mim... Vou estar com os amigos, porque é o que levamos da vida, as vivências...

Apenas não vou beijar boca nenhuma...

Porque não há principe encantado, pelo menos o meu, ainda não apareceu...

(Pronto, pronto, Xoninhas, sim, ainda acredito, em Princípes, apenas sei que também eles, tal como eu têm defeitos...)

                                                                        
                                                                         Um abraço apertado, para ti Rita...

                                                                                                                    Lauzinha